Qual a melhor taxa de juros para financiar o meu imóvel?

O interesse na compra de imóveis vem aumentando, mesmo na crise causada pelo Corona Vírus. É o financiamento ficou mais barato agora que a taxa básica de juros, a Selic, chegou ao nível mínimo de 2% ao ano. Além disso, os preços têm subido pouco nos últimos anos, em linha com a inflação e muitas vezes abaixo dela. É um combo para quem quer comprar um imóvel.

Mas e aí? Onde fazer o melhor negócio? Um dos pontos mais importantes na hora de assumir um compromisso de financiamento a longo prazo é olhar para as taxas de juros.

Mas qual é a menor taxa de juros do mercado?

Hoje a menor taxa praticada no mercado é de 5% ao ano mais correção da Taxa Referencial (TR), que hoje está em zero. Essa taxa só é possível pelo programa habitacional Minha Casa Minha Vida que utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Para o financiamento pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) que utiliza recursos da poupança é possível encontrar hoje a taxa média praticada no mercado é de 7,16% ao ano mais correção da Taxa Referencial (TR), que hoje está em zero.

Se o banco oferecer algo nesse patamar, está dentro da média. Se for muito mais, talvez valha a pena tentar negociar ou pesquisar em outras instituições.

O que os Bancos exigem para ter a menor taxa de juros oferecida?

Os bancos concedem a taxa de acordo com a avaliação de risco que fazem de você como tomador de crédito. O histórico de crédito e pontuação são fatores na hora de avaliar sua taxa.

Ter um bom “relacionamento com a instituição financeira que irá liberar o crédito” é algo importante para garantir uma taxa mais vantajosa. Por isso, tentam condicioná-la a outros produtos ou serviços. Um exemplo é a portabilidade do salário para o banco. Outro é que você tenha cartões de crédito ou faça investimentos na instituição.

O que considerar além da taxa de juros?

Levar em conta os juros do banco é importante, mas para comparar a melhor oferta é preciso calcular o Custo Efetivo Total (CET) da operação. Ele engloba a taxa e todos os outros custos embutidos no financiamento, como seguros e encargos do contrato. Varia conforme o perfil do comprador, idade, renda, tipo de imóvel, localização, prazo para amortização, etc. Atenção também à variação do indexador selecionado (TR ou IPCA) e às eventuais obrigatoriedades do banco.

Por isso, não basta olhar o anúncio de redução de taxas de juros e correr para uma agência. É preciso analisar o conjunto de condições total desse empréstimo que costuma ser de longo prazo. Um passo em falso pode deixar você com uma dor de cabeça que pode ser duradoura.

É importante avaliar o seguro de morte e invalidez permanente que é obrigatório e ele está presente em todos os contratos. Esse seguro é incremental de acordo com a idade. Os que têm mais idade teriam um custo maior. Para mutuários acima de 45 anos, 50 anos, o seguro tem uma participação relevante na parcela, outro ponto importante é que se alguém mais velho tenta o financiamento, às vezes precisa conclui-lo num prazo mais curto para não superar a regra da Susep. Essa redução de prazo tende a deixar as parcelas mais caras.